Caminhante solitário a vagar pela cidade,
no entardecer de uma vida de isolamento,
a procura de um abrigo, uma saudade,
que se esvaiu pela razão, pelo tempo!
Pobre criatura a caminhar pela penumbra,
buscando nas pegadas de sua jornada
um sentido para o coração que vislumbra,
o sabor amargo de uma face transformada!
Segue o eremita seu caminho em silêncio,
observando nas ruas obscuras de seu coração,
um sentido para a vida, um prenúncio,
para o entendimento de sua própria solidão!
Estranhas sensações que invadem a alma,
trazendo a reflexão para o que é a vida,
sentado na relva observa seu próprio trauma,
perscrutando na paz, a cura de sua mortal ferida!
Marco Pardini