terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Solidão

Caminhante solitário a vagar pela cidade,
no entardecer de uma vida de isolamento,
a procura de um abrigo, uma saudade,
que se esvaiu pela razão, pelo tempo!

Pobre criatura a caminhar pela penumbra,
buscando nas pegadas de sua jornada
um sentido para o coração que vislumbra,
o sabor amargo de uma face transformada!

Segue o eremita seu caminho em silêncio,
observando nas ruas obscuras de seu coração,
um sentido para a vida, um prenúncio,
para o entendimento de sua própria solidão!

Estranhas sensações que invadem a alma,
trazendo a reflexão para o que é a vida,
sentado na relva observa seu próprio trauma,

perscrutando na paz, a cura de sua mortal ferida!

Marco Pardini 

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Alma gêmea

Alma que toca a outra num simples olhar,
pensamentos que flutuam no universo,
alma conectada num pequeno sussurrar,
singelos gestos de um silêncio imerso!

Alma solitária que convida sua imagem,
a refletir na esperança oculta do desejo,
alma próxima, a se perder na miragem
névoa do tempo que num toque prevejo!

Alma andarilha que caminha na imensidão
do céu colhendo doces frutos de alegria,
alma que reluz na paz de um coração,
ligada pelo débil fio invisível da magia!

Alma que traz na essência uma luz infinita,
doce sombra que inspira este trovador,
alma gêmea que retrata uma paz que incita,
a cantar melodias ao som do mais puro amor!

Marco Pardini

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Reflexões de uma Mente Insana

Olhar a transpassar o espelho da morte,
reflexo de uma vida no oásis da ilusão,
areia fina a retirar da bússola, o seu norte,
retina humana soprando ao vento, solidão!

Passos dados num caminho sem fim,
pedras, flores, aromas de um passeio dominical,
ar ancestral a esperar na resposta, um sim,
asas agonizantes a derrubar mais um ser angelical!

Caminhante do tempo a brincar com a eternidade,
sonhos, vidas, lágrimas a escorrer pela escuridão,
quarto cuja chave se perdeu no horizonte da verdade,
pulsar constante do infinito rumo ao coração!

Olhar distante a apreciar os momentos de glória,
rugas a simbolizar as experiências do valente,
trovador a cantar uma canção de uma vida notória,

medos insanos...devaneios de uma mente doente!

Marco Pardini 

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Mundo Humano

Tristes sonhos de pequenos anciões,
alegres sorrisos de um povo lutador,
medos que consomem mentes e corações,
raiva que desatina o mais lindo amor!

Tristes poesias que canta o trovador,
alegres encontros de almas amigas,
medos que se transformam em pavor,
raiva que desata lágrimas antigas!

Tristes palavras que compõe este verso,
alegres voos de pássaros a cantarolar,
medos que no coração jazem imerso,
raiva que consome o poder de amar!

Tristes são as mensagens deste poema,
alegres são os homens que insistem perdoar,
o medo daquele que se coloca algema,
até que a raiva, enfim, aprenda a amar!

Marco Pardini

terça-feira, 23 de maio de 2017

Andarilho

Sigo meu caminho solitário, silenciosamente calado,
crendo que a penumbra que persegue meus pensamentos,
transforma o silêncio da noite em um semblante amado,
dividindo a solidão do meu caminhar num mar de sentimentos!

Minha mente segue firme buscando na noite, um fio de esperança,
que Diana, com seu sorriso prateado, vem nas lágrimas observar,
um mortal andarilho a buscar, na trilha do coração a temperança,
lutando contra o tempo que se esgota sua meia alma alcançar!

Pedras que insistem em fustigar meus pés cansados, já dormentes,
de tantos caminhos percorrer, coberto o corpo com a poeira da ilusão,
pobres trovadores que perderam suas vidas a cantar o amor dos amantes,
sem perceber que a única companhia dos eremitas é sua própria solidão!

Que um dia a vida traga ao andarilho humano a certeza do tempo,
a compreensão que suas raízes fazem parte do seu próprio caminho,
que as dores e as lágrimas do aprendizado sempre secam com o vento,
 ensinando ao caminhante a escrever na areia seu próprio pergaminho!
E tudo se vai, tudo se refaz, como num temporal,

O que era pequeno se tornou simplesmente, imortal!

Marco Pardini

domingo, 7 de maio de 2017

Miragem

Solitário caminhante que vela seus próprios passos,
em meio ao sussurrar do próprio silêncio em seus ouvidos,
inicia uma viagem profunda para dentro do próprio espaço,
uma luz que explode e irradia paz na mudez de seus gritos!

Durante seu trajeto deixa as marcas de seus pés descalços,
parte de si vai se desprendendo do corpo e se deitando ao chão,
vida solitária que se descobre com o tempo seus íntimos percalços,
livro escrito dia a dia, amores que resplandecem ao coração!

A aurora da vida com o tempo vai se transformando em solidão,
no compasso de um inspirar vem com força a modesta sabedoria,
de compreender que amigos de uma vida inteira um dia se vão,
mas que o reencontro não tarda, pois a vida segue fluxos como melodia!

O amanhã pode não mais existir, o que vale é próximo passo, o olhar
de aceitar que a vida é uma miragem cujo brilho cega o ignorante,
cuja água envenena a mente até que aprendamos como amar,
que o reflexo que vemos dessa viagem interior é miragem somente!

Marco Pardini

Doce Feitiço

Essa maçã tem um doce feitiço que encanta minha alma,  Que me lança loucamente nos sonhos e que  me arrebata com uma força infinita,  Desper...