A menina brasileira
Já não chora
Nem deixa os outros sorrir
Caminha descalça
Em saltos altos de desconfiança
Numa elegância despojada
Mas atenta
Confrontando cada olhar do mundo
Para não ser devorada
Já não chora
Nem deixa os outros sorrir
Caminha descalça
Em saltos altos de desconfiança
Numa elegância despojada
Mas atenta
Confrontando cada olhar do mundo
Para não ser devorada
A menina brasileira
Já chorou deveras
Sob o riso falso de prazeres alheios
Caminhou descalça
Por vales pedregosos e sujos de lama
Numa elegância necessária
Aos jogos sociais que lhe foram impostos
Confrontando com inteligência e sagacidade
Esse mundo perverso prestes a lhe devorar
A menina brasileira,
Que vos fala, nasceu livre
Mas inconsciente de seu poder
Ela sempre desconfiou
Da elegância astuta no olhar do mundo
A menina devorou tudo o que lhe dava medo
Para se confrontar
Com tudo o que lhe causa dúvida
A menina brasileira
Caminha firme sobre a Terra
Encharcada de lágrimas de outrora
Ela escolheu atenta
O salto vermelho da confiança
Porém despojou-se da elegância fugaz do mundo
Para tornar-se a mulher que sorri solitária
Por uma realidade
Que nunca pôde lhe devorar.
Caminha firme sobre a Terra
Encharcada de lágrimas de outrora
Ela escolheu atenta
O salto vermelho da confiança
Porém despojou-se da elegância fugaz do mundo
Para tornar-se a mulher que sorri solitária
Por uma realidade
Que nunca pôde lhe devorar.
Pedro Henriques Vicente e Carla Almeida
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