Observo o tempo cantarolando a me espreitar,
inerte, contínuo, suave, passivo a caminhar,
pelos ponteiros da vida uma arte a imitar,
a fragilidade humana que insiste amargurar!
Olho pela janela, uma vida acontecer,
penso ser o passado a me sussurrar,
imagino talvez o futuro a me renascer,
é o
presente que vem meus lábios, amordaçar!
Na viagem do tempo existe apenas o vazio,
do andarilho a desenhar seu próprio caminho,
sem marcas, sem pegadas, uma teia sem fio,
a brindar
o destino eterno numa taça de vinho!
Vida efêmera que num piscar de olhos
desaparece,
cai como folha seca em um espesso jardim,
é no suspirar de um simples segundo que ela
acontece,
sim, a vida que insiste pulsar incessantemente
em mim!
Marco Pardini
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