quinta-feira, 5 de maio de 2016

Observador


Observo o tempo cantarolando a me espreitar,
inerte, contínuo, suave, passivo a caminhar,
pelos ponteiros da vida uma arte a imitar,
a fragilidade humana que insiste amargurar!

Olho pela janela, uma vida acontecer,
penso ser o passado a me sussurrar,
imagino talvez o futuro a me renascer,
é  o presente que vem meus lábios, amordaçar!

Na viagem do tempo existe apenas o vazio,
do andarilho a desenhar seu próprio caminho,
sem marcas, sem pegadas, uma teia sem fio,
 a brindar o destino eterno numa taça de vinho!

Vida efêmera que num piscar de olhos desaparece,
cai como folha seca em um espesso jardim,
é no suspirar de um simples segundo que ela acontece,

sim, a vida que insiste pulsar incessantemente em mim!

Marco Pardini

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