terça-feira, 23 de maio de 2017

Andarilho

Sigo meu caminho solitário, silenciosamente calado,
crendo que a penumbra que persegue meus pensamentos,
transforma o silêncio da noite em um semblante amado,
dividindo a solidão do meu caminhar num mar de sentimentos!

Minha mente segue firme buscando na noite, um fio de esperança,
que Diana, com seu sorriso prateado, vem nas lágrimas observar,
um mortal andarilho a buscar, na trilha do coração a temperança,
lutando contra o tempo que se esgota sua meia alma alcançar!

Pedras que insistem em fustigar meus pés cansados, já dormentes,
de tantos caminhos percorrer, coberto o corpo com a poeira da ilusão,
pobres trovadores que perderam suas vidas a cantar o amor dos amantes,
sem perceber que a única companhia dos eremitas é sua própria solidão!

Que um dia a vida traga ao andarilho humano a certeza do tempo,
a compreensão que suas raízes fazem parte do seu próprio caminho,
que as dores e as lágrimas do aprendizado sempre secam com o vento,
 ensinando ao caminhante a escrever na areia seu próprio pergaminho!
E tudo se vai, tudo se refaz, como num temporal,

O que era pequeno se tornou simplesmente, imortal!

Marco Pardini

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