quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Morte

Despido de meus egóicos trajes sentimentais
Caminho solitário pelas vielas interiores, descalço!
Cheiro de sangue quente atrai os animais
o frio silencioso da morte, segue em meu percalço!

Busco no vazio de minha alma humana e pequena,
Encontrar a chave que destrói esse estranho medo,
Que liberta o coração de unidade em centena,
Que transforma o já é tarde em ainda é cedo!

No sombrio deserto do solitário caminhante,
Ergo minha tenda e deposito meu corpo na quietude,
Ao fechar os olhos, enxergo ao longe uma aurora radiante,
mariposa de desejos que se transforma em luz pulsante!

O universo cessa sua respiração em sinal de respeito,
A dor do corpo cede espaço à libertação da alma,
No derradeiro suspiro da vida meu espírito foi, enfim, eleito,
banha-se agora, na atmosfera sagrada de Deus, em Sua palma!

Marco Pardini

Um comentário:

Anônimo disse...

Grande Marquinho....Belissimo poema de inspiração impar, como sempre
Parabéns
Abraços
Pedro Cesquim

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