Quero soltar-me no
espaço vazio da consciência
sem medo da queda, sem
medo do vale,
perceber minha mente
livre a vagar na intransigência
de um segundo. A
meditar na beleza de um único detalhe!
Que meus olhos tenham
o brilho do enamorado,
que minha mente
construa belos castelos,
tecendo no fino fio da
vida um ponto enevoado,
em meio à turva imagem
de seu semblante singelo!
Que o coração me
impulsione por um caminho
onde a guerra e o amor
sejam apenas companheiros
de um longo caminhar
de cumplicidade e de carinho,
em que minhas mãos
possam tocar o interno mosteiro!
Que as lágrimas banhem
o cristal líquido da vida,
derramando um espesso
véu de esperança,
ao tormento que me assola,
que me convida,
a libertar do peso de
minhas asas esta humana herança!
Marco Pardini
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