quarta-feira, 4 de junho de 2014
Soneto da ausência
Voz que se desfez na despedida,
num instante marcado no tempo,
duas lágrimas no canto escondidas,
em olhares perdidos pelo campo.
Um sonho pelo meio do caminho
na angustia de uma separação,
uma dor profunda de um espinho
encravado no centro do coração.
Uma solidão incontida, dolorida,
num longo, longo distanciamento,
exaurindo por total a resistência.
Na alma, eternamente sentida,
sobrou apenas como alimento;
a saudade de sua doce ausência.
Pedro Cesquim
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