domingo, 9 de janeiro de 2011

Solidão

Tempo suspenso num cósmico momento,
ar suprimido nos pulmões da vela
a brandamente iluminar um sentimento
que num passo silencioso, oculta a sentinela!

Ar rarefeito de uma paz interna melodiosa,
a resguardar o mágico rosto de uma imagem,
ondas do oceano numa dança harmoniosa,
mostram ao andarilho da luz, mais uma miragem!

Tempo distante que esconde um segredo,
futuro da ilusão que vive a prescrutar
um passado que, na lembrança do medo,
vive um eterno presente sem saber o que é amar!

Espírito da vida que descobre seu lugar,
caminhante solitário que reina inerte na solidão,
pedras, memórias, palavras, sonhos sobre um altar,
caladas pegadas a deixar seu rastro em meu coração!

Marco Pardini

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